Artesanato e Arte Popular: Uma Conversa Sobre Cultura e Consciência
Sabe aquele papo gostoso que faz a gente se reconectar com nossas raízes? Foi assim com Clessi Cardoso, um apaixonado pela cultura brasileira e pelas práticas que respeitam o meio ambiente. Clessi trouxe reflexões preciosas sobre a diferença entre artesanato e arte popular, e a riqueza cultural que existe em cada pedacinho disso tudo. Segundo ele, enquanto o artesanato é focado no utilitário, a arte popular carrega toda a expressividade do povo, suas histórias e emoções. Um exemplo incrível que ele deu foi sobre o lampião: no artesanato, é só um objeto para iluminar; na arte popular, vira símbolo, resistência, e uma história viva do sertão, de figuras como Lampião e Maria Bonita.
Outra parte da conversa que tocou fundo foi sobre a consciência sustentável e a valorização do natural da terra. Clessi contou a história da comunidade Ashaninka, no Acre, e do tear que eles desenvolveram. Mais do que belos tecidos, eles produzem um jeito de preservar a cultura e cuidar do meio ambiente, respeitando e utilizando os recursos de forma consciente. É sobre isso, né? Ser realmente sustentável é ser conectado ao lugar, é usar o que a terra nos dá com carinho e respeito.
E aí fica a pergunta: no Brasil, ecologicamente correto é o mesmo que ecologicamente transparente? Esse ponto apareceu na nossa conversa lá pelos 20 minutos e levanta uma questão essencial. A transparência nos processos e nos recursos utilizados é o que realmente faz a diferença, e ser transparente é o mínimo para quem quer deixar um impacto positivo de verdade.
A conclusão é: como nação, estamos melhorando, quando o assunto se trata de respeito e valorização da arte regional. Mas ainda temos uma longa caminhada pela frente. Que ela seja repleta de seres humanos e profissionais como Clessi!
P.S – E, claro, se você quer mergulhar ainda mais nesse universo de cultura viva e autêntica, segue uma lista de artistas regionais que merecem todo o nosso olhar:
- Sil da Capela (Capela – AL)
- Mestre João das Alagoas (Capela – AL)
- Roxinha Lisboa (Palestina – AL)
- Mestre Vieira (Ilha do Ferro)
- Mestre Nado (Olinda – PE)
Esses artistas são a essência da arte popular brasileira. Eles transformam materiais em histórias e traduzem, com suas mãos, a alma da nossa terra.
Manuela Rahal é jornalista, comunicadora, curiosa de carteirinha e nerd assumida. Sua paixão é criar espaços, ambientes e experiências onde as pessoas possam se conectar e aproveitar essas oportunidades para crescer, tanto pessoal quanto profissionalmente.
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